26/10/25
O deputado federal Professor Alcides Ribeiro (PL-GO) enfrenta resistência dentro do Partido Liberal para permanecer na legenda. Embora conte com o apoio do senador Wilder Morais, presidente estadual do partido, e do dirigente nacional Valdemar Costa Neto, sua continuidade é rejeitada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e pelo deputado federal Gustavo Gayer.
Segundo interlocutores da sigla, uma ala do PL, liderada por Wilder, atua para manter Alcides na chapa proporcional de 2026, sob o argumento de que sua votação expressiva nas últimas eleições pode contribuir para a formação de bancada. O grupo justifica a posição como “pragmatismo político”.
Entretanto, Michelle Bolsonaro e Gustavo Gayer se opõem à permanência do parlamentar. O veto, conforme fontes próximas à ex-primeira-dama, tem relação direta com denúncias de assédio envolvendo o deputado, que circularam durante a campanha eleitoral de 2024, em Aparecida de Goiânia.
Os vídeos e relatos amplamente divulgados à época causaram mal-estar entre aliados de Jair Bolsonaro, que viram na repercussão um risco para a imagem pública do PL. A avaliação é de que o episódio torna insustentável a presença de Alcides em um partido que busca fortalecer sua base conservadora e associada à figura de Michelle. A decisão final sobre a permanência de Professor Alcides no partido deve passar por Valdemar Costa Neto, que ainda não se pronunciou sobre o impasse.
