27/10/25
O ex-prefeito de Aparecida de Goiânia e pré-candidato ao Senado, Gustavo Mendanha, afirmou que deixará o PSD caso o partido não apoie o vice-governador Daniel Vilela (MDB) na disputa pelo Governo de Goiás em 2026. Em entrevista ao portal Folha Z, Mendanha foi categórico ao dizer que sua permanência na sigla está condicionada ao alinhamento com o projeto liderado pelo MDB no Estado. “Caso isso não ocorra, estou fora do partido. Qualquer outra suposição neste momento seria faltar com a verdade”, afirmou.
Mendanha ingressou no PSD com o compromisso de disputar a vaga ao Senado na chapa de Daniel Vilela. Esse acordo político foi, segundo ele, decisivo para sua filiação após deixar o Patriota em 2023. No entanto, a permanência do ex-prefeito no partido passou a ser colocada em dúvida após recentes movimentações internas. O presidente estadual da legenda, senador Vanderlan Cardoso, tem sinalizado a intenção de buscar a reeleição ao Senado, o que pode inviabilizar o espaço de Mendanha dentro da sigla. A disputa interna acendeu uma tensão entre os dois e colocou em xeque o projeto eleitoral do ex-prefeito.
Além disso, outra possível mudança no tabuleiro político aumenta a pressão sobre Mendanha: a articulação para uma eventual filiação do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) ao PSD. Pré-candidato ao Palácio das Esmeraldas, Marconi intensificou suas agendas pelo interior de Goiás e passou a ser cortejado por dirigentes partidários. A entrada do tucano no PSD poderia reposicionar a legenda na disputa estadual e até alterar a composição das alianças, criando um novo impasse para Mendanha dentro do partido.
Ao reforçar que não abre mão do apoio a Daniel Vilela, o ex-prefeito de Aparecida fez um recado direto à direção estadual do PSD e deixou claro que está disposto a buscar outra legenda caso seu espaço político não seja garantido. “Eu tenho palavra e respeito acordos. Entrei no PSD porque acreditava em um projeto coletivo. Não estou no partido para ser figurante”, disse. Com o avanço das articulações para 2026, Mendanha agora pressiona o PSD a definir posição e, ao mesmo tempo, se mantém como um dos nomes competitivos na corrida pelo Senado.
