17/12/25
O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), determinou a demissão de servidores da Secretaria Municipal de Saúde (Semusa), em sua maioria médicos, após a conclusão de processos administrativos disciplinares que apontaram abandono de cargo, faltas injustificadas e outras irregularidades consideradas graves no âmbito da rede municipal.
As decisões foram publicadas na edição mais recente do Diário Oficial do Município e detalham situações em que profissionais deixaram de comparecer ao trabalho por longos períodos — em alguns casos, por meses ou até anos — mesmo permanecendo formalmente vinculados ao serviço público.
Em pelo menos quatro processos, ficou comprovado que os servidores não retornaram às funções após o término de licenças ou afastamentos, não apresentaram justificativas aceitas pela administração e ignoraram notificações formais, o que fundamentou a aplicação da penalidade máxima prevista em lei.
Além das ausências prolongadas, parte dos procedimentos administrativos também apurou condutas mais sensíveis, como denúncias de assédio sexual, acúmulo irregular de cargos públicos e comportamentos considerados incompatíveis com o exercício da função.
Em um dos casos, a Prefeitura de Anápolis determinou o encaminhamento do processo ao Ministério Público de Goiás (MPGO) para apuração dos fatos na esfera criminal. Há ainda situações em que a administração municipal ordenou o levantamento de eventual prejuízo aos cofres públicos, com possibilidade de cobrança de valores recebidos indevidamente, caso as irregularidades sejam confirmadas.
Segundo o prefeito Márcio Corrêa, todos os processos asseguraram o direito à ampla defesa e ao contraditório, mas as decisões refletem uma postura rigorosa da gestão frente a irregularidades, especialmente na área da saúde. “Quem não trabalha não pode continuar recebendo salário público. A saúde é prioridade, e a população não pode pagar pela ausência de profissionais que deixam de cumprir sua função”, afirmou ao Portal 6.