11/06/24
A retirada de dezenas de árvores na Rua 148, no Setor Marista, em Goiânia, provocou revolta dos moradores. A ação, executada pela Prefeitura de Goiânia e flagrada por caminhões da administração municipal no último sábado, 8, foi amplamente criticada pela comunidade. A TV Anhanguera, que cobriu a revolta popular, destacou que a rua era conhecida por seu alto índice de arborização, sendo uma das vias mais verdes e bonitas da cidade.
A indignação não se limitou às ruas. Nas redes sociais, internautas expressaram seu descontentamento com veemência. “Uma das ruas mais bonitas da cidade sendo destruída”, lamentou um usuário do Instagram. Outro foi mais sarcástico: “Logo no mês em que é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. Parabéns pela homenagem”.
Diversos estudos apontam que a redução de áreas verdes e o corte de árvores comprometem a manutenção do microclima urbano, a fauna e a capacidade natural de filtração de materiais tóxicos no ambiente. A diminuição de vegetação urbana tende a piorar a qualidade de vida dos habitantes, agravando questões como a poluição do ar e a elevação da temperatura local.
Em resposta à TV Anhanguera, a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) afirmou que autorizou a retirada de 18 árvores nas ruas 132 e 148, com a condição de que o proprietário do imóvel reponha 22 novas árvores na calçada local. “A substituição acontece nessa época do ano por ser o momento de estiagem, propício para o manejo arbóreo dentro da cidade”, explicou a Amma em nota.
A Amma justificou a remoção alegando que as árvores apresentavam diversos problemas fitossanitários, como cerne exposto, necrose nos troncos, desprendimento de galhos e infestação por cupins. Além disso, o sistema radicular das árvores estava em conflito com o passeio público, aumentando o risco de quedas e danos a veículos e pedestres.