16/07/24
O homem que atirou e matou o irmão policial, Tiago White (foto), de 33 anos, teve o pedido de soltura negado, em Uruaçu, no norte do estado. De acordo com a Polícia Civil, o investigado confessou que usou a arma do soldado para matá-lo.
A defesa de Alexandre White Rodrigues Araújo disse que se trata de uma tragédia e que não reflete a personalidade dele. A defesa argumentou ainda que o suspeito está abalado emocionalmente e ferido fisicamente por conta da briga com o PM.
“Foi uma tragédia após uma festa de família. Porém, não reflete a personalidade e o comportamento do acusado. Ele tinha no irmão a segurança de uma figura paterna. Eram bastante ligados”, detalhou o advogado Martiniano Neto.
O crime aconteceu na última quinta-feira, 11, durante a comemoração do aniversão e da aprovação do policial em um curso da Polícia Militar. Câmeras de segurança registraram quando o soldado foi morto (assita abaixo).
Agressão e tiros
O delegado responsável pelo caso, Sandro Costa, explicou que os irmãos estavam reunidos com a família e discutiram. Durante a briga, o policial começou a agredir o irmão. As imagens mostram que crianças que estão na comemoração tentam impedir as agressões.
Conforme apurado pela polícia, durante a agressão, o suspeito ficou inconsciente e cambaleante por alguns minutos. Após retomar a consciência, o irmão de Tiago entrou na casa, pegou a arma, voltou para a área externa e atirou contra o soldado, que foi baleado.
Foi a esposa de Tiago que acionou a polícia e o socorro após o marido ser alvejado. À PM, o irmão de Tiago admitiu que utilizou a arma institucional do soldado, que estava guardada no quarto dele, para atingi-lo.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o soldado chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
Investigação
O delegado explicou que os irmãos sempre se deram bem, mas acabaram se desentendendo durante a reunião da família.
"Não entendi que houve motivo fútil, uma vez que após a discussão inicial, a vítima agrediu severamente o autor, o que constitui o real motivo", argumentou o delegado.
A Polícia Civil segue ouvindo as testemunhas do caso e o restante dos familiares.
"Quando eu interroguei ele [o suspeito], ele já confessou. Era condizente com as imagens que circularam nas redes sociais. Homologado o flagrante, a prisão foi convertida em preventiva", disse Sandro Leal, delegado responsável pelo caso.
De acordo com o delegado, os elementos analisados serão responsáveis por revelar as personalidades e as condutas sociais dos envolvidos. A polícia aguarda os laudos das perícias que foram requisitadas para concluir o inquérito do caso e verificar se os fatos condizem com a versão apresentada pelo suspeito.
"Estamos aguardando o laudo das perícias para fecharmos todo o inquérito e checar se a confissão do autor é harmônica com os demais elementos", informou Sandro Leal