Goiânia, 26/01/2025
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Novo secretário de Saúde de Goiânia afirma: "Nada será pago" e crise continua

06/12/24

Pedro Guilherme Gioia, novo titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia, assumiu o cargo em meio a uma crise financeira severa e já adiantou que, no momento, "nada será pago". Com R$ 57,3 milhões bloqueados por decisão judicial, a pasta enfrenta a interrupção de serviços essenciais, como fornecimento de medicamentos, insumos e oxigênio hospitalar, além de uma possível greve de médicos.

“Os recursos estão completamente bloqueados, inclusive os destinados ao pagamento da folha salarial. Não conseguimos honrar compromissos com fornecedores ou retomar serviços paralisados”, declarou Gioia, destacando que a decisão judicial afeta todos os contratos, desde limpeza e conservação de unidades até o home care prestado pela TransMédica.

A White Martins, fornecedora de oxigênio hospitalar, notificou uma dívida de R$ 1 milhão e ameaça suspender o serviço. Outros prestadores, como Loc-Service e empresas de testes de Covid-19, já interromperam entregas. A situação se agrava com o possível desabastecimento de combustível para ambulâncias do Samu nesta sexta-feira (5).

Embora pagamentos atrasados de novembro, totalizando R$ 13 milhões, tenham sido efetuados aos médicos credenciados, a continuidade dos serviços depende de decisões judiciais e negociações. A Procuradoria-Geral do Município (PGM) entrou com recurso para tentar desbloquear as contas, enquanto Gioia busca um acordo com o Ministério Público de Goiás para flexibilizar as restrições.

Não há como prometer pagamentos sem a liberação dos recursos. Estamos trabalhando para minimizar os danos e evitar o colapso total do sistema de saúde”, concluiu o secretário, que prioriza a regularização das contas para retomar os serviços à população.


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