08/12/24
O vereador Sargento Novandir (MDB) está diante de uma encruzilhada política que poderá moldar sua carreira nos próximos anos. Com a iminente possibilidade de cassação do deputado estadual Anderson Teodoro (Avante), Novandir, atualmente representante do Setor Guanabara na Câmara Municipal de Goiânia, pode ser convocado a assumir uma vaga na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Teodoro enfrenta um processo por improbidade administrativa em 2010, quando atuava como Secretário de Obras em Águas Lindas de Goiás. Caso o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negue seu último recurso, a cassação será efetivada, abrindo espaço para Novandir, que ficou como suplente após obter 18.608 votos nas eleições de 2022.
Embora a oportunidade na Alego seja vista como um avanço político, a decisão não é simples. Caso aceite o cargo, Novandir teria menos de dois anos de mandato, já que as eleições de 2026 se aproximam rapidamente. Além disso, articulações internas indicam que ele não teria liberdade para montar sua equipe, sendo obrigado a manter o staff de Teodoro.
Por outro lado, continuar na Câmara Municipal oferece estabilidade. Novandir foi reeleito para um mandato completo de quatro anos, com margem para se preparar estrategicamente para as próximas eleições. Além disso, sua permanência como vereador garantiria um papel mais consolidado na política municipal, sem os desafios e incertezas de um curto mandato na Alego.
O caso de Novandir é apenas a ponta do iceberg em um momento de grande instabilidade no Legislativo de Goiás. Ao menos dez parlamentares da Alego enfrentam processos que podem resultar em cassações, incluindo figuras do PL, Progressistas, PSDB e PDT, como George Morais, que também está sob investigação por improbidade administrativa.
A movimentação de cadeiras também impacta a Câmara Municipal de Goiânia, onde oito vereadores da próxima legislatura são suplentes na Alego. Nomes como Fabrício Rosa (PT), Kátia Maria (PT), Cabo Senna (PRD) e outros aguardam possíveis desdobramentos que poderiam levá-los à Assembleia.
No caso específico de Novandir, sua saída da Câmara abriria espaço para Lucíola do Recanto, primeira suplente do MDB. Tal cenário intensifica a articulação política nos bastidores, com suplentes das eleições de 2022 atentos à redistribuição de mandatos no Estado.