22/01/25
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), afirmou que sua gestão está providenciando a documentação solicitada pela Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) e pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) para dar sequência ao pedido de decretação de calamidade pública nas finanças do município. Até o momento, apenas o decreto relacionado à área da saúde foi aprovado pela Câmara Municipal, após o líder do governo, Talles Barreto (UB), desmembrar a solicitação original, que incluía também a área financeira.
Segundo Mabel, a dívida total do município já chega a R$ 4 bilhões, conforme levantamento realizado pela equipe de transição. O valor oficial contabilizado, no entanto, é de apenas R$ 300 milhões, mas o prefeito alerta que esse número pode ser revisado para cima no balanço previsto para março. “Esses números foram levantados e assinados por ambas as equipes de transição”, ressaltou.
Apesar do relatório do TCM indicar que Goiânia possui capacidade para contrair novos empréstimos, Mabel argumenta que a realidade financeira é crítica, com uma dívida consolidada de R$ 600 milhões apenas na área da saúde. “Não temos capacidade de pagar esses R$ 4 bilhões já vencidos. Estamos com dívidas com hospitais, maternidades e prestadores que ameaçam paralisar os serviços. A situação é muito grave”, afirmou. O prefeito também destacou que muitas dessas dívidas estão em um “limbo”, sem reconhecimento formal, o que agrava ainda mais o cenário.
O decreto municipal busca enfrentar as crises financeiras e de saúde pública, agravadas por um déficit operacional que pode chegar a R$ 3 bilhões e problemas que já levaram à intervenção estadual no setor de saúde. As medidas incluem a reorganização das finanças municipais, a otimização de recursos e a busca de soluções para superar as dificuldades administrativas.
Além da aprovação pela Câmara de Vereadores, os decretos também precisam passar pelo crivo da Alego, conforme determina a Constituição Estadual. O aval do TCM é considerado fundamental para o prosseguimento das medidas emergenciais propostas pela gestão de Mabel.