06/04/25
O secretário de Cultura da Prefeitura de Goiânia, Ugton Batista, um dos principais articuladores do Partido Liberal em Goiás e interlocutor direto do ex-presidente Jair Bolsonaro, avalia que o cenário político estadual para 2026 caminha para uma composição que pode ser vitoriosa já no primeiro turno. Segundo ele, a união entre Daniel Vilela (MDB), Gracinha Caiado (União Brasil) e Major Vitor Hugo (PL) representa a formação de uma “chapa imbatível” na disputa pelo governo e pelo Senado.
“Defendo a seguinte chapa: Daniel Vilela para governador e Gracinha Caiado e Major Vitor Hugo para o Senado. Com os três juntos, MDB, União e PL, a vitória virá no primeiro turno”, afirmou Ugton.
Filiado ao PL e próximo de Bolsonaro, Ugton vê no ex-presidente um ator central nas eleições de 2026, mesmo após ter sido declarado inelegível pela Justiça Eleitoral. Para ele, Bolsonaro mantém a convicção de que poderá concorrer novamente. “Ele acredita que estará no páreo. E, se não for candidato, vai apoiar Tarcísio de Freitas para presidente”, pontua.
A defesa da presença de Vitor Hugo na chapa majoritária é sustentada por um argumento recorrente entre aliados do ex-presidente: a lealdade incondicional. Ugton faz questão de lembrar o alinhamento do ex-deputado federal ao bolsonarismo desde o início.
“Vitor Hugo foi líder do governo Bolsonaro na Câmara. E quando Bolsonaro pediu que ele fosse candidato a vereador em Goiânia, ele não hesitou, disputou e foi o mais votado. Ele é leal, amigo, presente. Não é aliado de ocasião”, destacou o secretário.
Ugton também reforça que o ex-presidente dá mais importância ao Senado do que às disputas estaduais. “É preciso levar em conta a opinião sempre repetida de Jair Bolsonaro: o ex-presidente está mais interessado em senadores do que em governadores. É sua prioridade. É preciso respeitar a sua voz”, frisou.
Além da articulação local, o secretário também endossa a formação de uma frente ampla de centro-direita em Goiás, algo que, segundo ele, conta até com o apoio de figuras influentes da cultura popular. “Meu amigo Gusttavo Lima defende uma aliança forte da direita contra a esquerda no Estado. Essa união entre Daniel, Gracinha e Vitor Hugo não é um projeto pessoal, é um projeto político maior”, afirma.
A movimentação mostra que o PL, mesmo mirando os cargos proporcionais, está atento às articulações para o governo estadual, sobretudo em um cenário em que o MDB, com Daniel Vilela, aparece como possível herdeiro da máquina estadual, hoje comandada por Ronaldo Caiado (União Brasil). A entrada de Gracinha, primeira-dama e figura influente na gestão estadual, na disputa por uma vaga no Senado fortaleceria ainda mais esse arco de alianças.
Com o aval de Bolsonaro, a força eleitoral de Vitor Hugo na capital goiana e o peso político de Daniel e Gracinha, Ugton acredita que a direita já tem uma fórmula competitiva montada em Goiás. “Com essa composição, a eleição é só uma formalidade”, conclui.
