07/04/25
O governador Ronaldo Caiado (União Brasil) participou, neste domingo (6/4), de uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, em defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na depredação de prédios públicos em Brasília. Acompanhado da primeira-dama Gracinha Caiado, o governador se juntou a milhares de manifestantes e lideranças políticas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Somos sete governadores mostrando que o sentimento é nacional, de promover anistia a essas pessoas que praticaram, sim, uma ação indefensável, mas que não merecem a pena na proporção que está sendo dada”, declarou Caiado durante o ato.
Em seu discurso, o goiano destacou que foi um dos primeiros defensores da proposta de anistia. “Já em fevereiro de 2024, defendi que deveríamos fazer como JK fez. Depois de sofrer uma tentativa de golpe, Juscelino, ao invés de incendiar ainda mais o país, concedeu anistia e foi governar”, afirmou.
A manifestação ocorre dois dias após Caiado lançar oficialmente sua pré-candidatura à Presidência da República, em evento realizado em Salvador (BA). Para ele, é hora de o país superar o episódio. “O Brasil precisa deixar essa discussão inócua para trás e enfrentar a violência, combater a inflação que assombra quem vai ao supermercado e construir uma vida melhor para os brasileiros”, declarou.
Além de Caiado, o ato reuniu os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais), Jorginho Mello (Santa Catarina), Wilson Lima (Amazonas), Ratinho Júnior (Paraná) e Mauro Mendes (Mato Grosso), além de deputados, senadores e líderes religiosos.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também discursou. “A anistia é competência privativa do Congresso Nacional”, disse, em referência ao projeto de lei que tramita na Câmara e prevê o perdão aos envolvidos. Bolsonaro classificou as condenações, que chegam a até 17 anos de prisão, como “maldade” e “desumanidade”.
O governador Tarcísio de Freitas defendeu que a anistia é uma questão humanitária e histórica. “Se pudesse traduzir esse grande evento em poucas palavras, seriam: liberdade, anistia, pacificação e esperança”, disse. Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou que o ato foi marcado por “homens e mulheres de bem lutando pelo Brasil e pela anistia humanitária”.