08/04/25
Fora da política há 13 anos, o ex-senador e ex-promotor de Justiça Demóstenes Torres quer voltar ao cenário eleitoral em 2026. De olho em uma cadeira no Senado, o jurista já se movimenta nos bastidores e encomendou uma pesquisa qualitativa com o cientista político Antônio Lavareda para testar a viabilidade de seu nome.
O resultado do levantamento animou o ex-parlamentar. Segundo apurado pelo Jornal Opção, a qualitativa indicou que há espaço para o retorno de Demóstenes à vida pública — desde que ele enfrente dois desafios centrais.
O primeiro é reconquistar relevância entre os eleitores mais jovens, especialmente na faixa de 18 a 25 anos. Demóstenes foi eleito senador pela primeira vez em 2002, reeleito em 2010, mas teve o mandato cassado em 2012 após envolvimento no escândalo revelado pela Operação Monte Carlo. Ou seja, parte do eleitorado de hoje sequer acompanhou sua trajetória política.
O segundo obstáculo é romper de vez com a imagem de Marconi Perillo (PSDB), ex-governador de Goiás e antigo aliado. Demóstenes foi secretário de Segurança Pública na gestão tucana e teve papel decisivo na reeleição de Perillo em 2010. Antes rivais, os dois se aproximaram politicamente no início da última década.
Contudo, a associação com o ex-governador hoje representa um fardo. A pesquisa qualitativa apontou que os desgastes de Marconi — em especial pelos desdobramentos da Operação Panaceia, da Polícia Federal — geram rejeição que respinga em aliados passados. Demóstenes, apesar de não integrar mais o círculo próximo, sabe que precisará marcar distância para viabilizar sua candidatura.