Goiânia, 16/06/2025
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Conselheiros do TCM resistem à aposentadoria e travam movimentações políticas na Alego

12/04/25

Uma crise silenciosa, mas de alto impacto político, se instalou no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) de Goiás. O que parecia um cenário bem encaminhado para a aposentadoria de conselheiros e a consequente renovação das cadeiras com indicações políticas — especialmente de deputados estaduais — agora encontra forte resistência interna.

A primeira sinalização veio do conselheiro Valcenor Braz. Até pouco tempo atrás, sua saída era tratada como certa para o fim de 2024, abrindo caminho para o deputado estadual Talles Barreto (União Brasil), atual líder do governo na Assembleia Legislativa. Talles, inclusive, já havia comunicado a aliados no interior que não disputaria a reeleição em 2026, apostando todas as fichas na vaga do TCM, de indicação da própria Assembleia.

Contudo, Valcenor recuou. A razão não é política — é financeira. Caso se aposente agora, seu rendimento mensal cairia de R$ 42 mil para R$ 14 mil. Uma diferença considerável que o fez congelar qualquer plano de despedida antecipada. O deputado Talles, por ora, segue no vácuo.

A situação é parecida no caso do presidente do TCM, Joaquim de Castro. Segundo fontes da Casa, ele já teria enviado recado direto aos parlamentares: pretende permanecer no cargo até 2028, quando planeja voltar à vida político-partidária, possivelmente para disputar a Prefeitura de Jussara. Com isso, a vaga que seria destinada ao deputado estadual Virmondes Cruvinel (União Brasil), cujo pai já ocupou o mesmo posto, também foi adiada. Sem perspectivas concretas, Virmondes trabalha para ampliar suas bases e deve buscar novo mandato em 2026.

Enquanto o TCM emperra, novos nomes começam a circular nos bastidores. Um deles é o da presidente da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG), Adriana Caiado, que passou a ser cotada para uma eventual vaga. Outro é o deputado Lincoln Tejota, também interessado em integrar o tribunal. Se for escolhido, abriria espaço para que seu pai, o conselheiro Sebastião Tejota, se aposente do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Nesse cenário, surgem ainda mais peças no tabuleiro: para o lugar de Sebastião Tejota, os nomes mais comentados são os de Adriano da Rocha Lima e Marcos Roberto Silva — ambos integrantes do núcleo duro do governo Ronaldo Caiado (União Brasil).


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