Goiânia, 30/04/2025
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Enfraquecido, PSDB negocia fusão com Podemos para evitar extinção

24/04/25

O PSDB, partido que já ocupou a Presidência da República e protagonizou embates históricos contra o PT, enfrenta um dos momentos mais delicados de sua trajetória. Com dificuldades para atingir o coeficiente eleitoral mínimo exigido por lei, a sigla corre o risco de ser extinta pela cláusula de barreira — mecanismo que impede o funcionamento de partidos que não alcançam um desempenho mínimo nas urnas. Para evitar esse desfecho, a legenda tucana, atualmente presidida pelo ex-governador de Goiás Marconi Perillo, negocia uma fusão com o Podemos.

A fusão é diferente da federação partidária. No primeiro caso, os partidos envolvidos deixam de existir formalmente e dão origem a uma nova legenda. Já na federação, as siglas mantêm suas identidades jurídicas, mas atuam de forma unificada durante o mandato, compartilhando recursos e estratégias eleitorais. A aposta do PSDB é que a fusão permita somar forças e garantir sobrevida institucional.

A urgência da medida está diretamente relacionada à Lei nº 13.165/2015, que define o funcionamento do sistema eleitoral e estabelece a cláusula de barreira. Para continuar existindo com acesso a fundo partidário, tempo de TV e funcionamento parlamentar pleno, uma sigla precisa atingir determinado percentual de votos nas eleições proporcionais. Caso contrário, pode ser penalizada com o corte de repasses e, na prática, inviabilizada.

A aproximação com o Podemos ocorre em um momento de enfraquecimento político do PSDB, que viu lideranças históricas migrarem para outros partidos, como o PSD. A possível fusão representa não apenas uma tentativa de sobrevivência institucional, mas também um esforço para reposicionar o partido no cenário político brasileiro, cada vez mais dominado por forças polarizadas e em constante reorganização.


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