26/04/25
O superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás e ex-presidente estadual do Cidadania, Gilvane Felipe, criticou publicamente a nomeação da nova Comissão Provisória do partido no Estado, agora sob o comando de Iure de Castro, subprocurador-geral da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Em nota, Gilvane informou que não foi consultado sobre a mudança e que tomará a iniciativa de articular uma consulta entre lideranças e militantes históricos da legenda.
“A nova direção foi nomeada sem qualquer diálogo com militantes históricos e setores essenciais da legenda no Estado”, afirmou Gilvane no comunicado. Segundo ele, a escolha foi anunciada sem transparência e ignorou a trajetória de quem é fiel às raízes do antigo PCB e PPS.
O ex-presidente do Cidadania demonstrou preocupação especial com o novo alinhamento político da comissão. “Há uma clara vinculação dessa nova direção à base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil)”, pontuou. Gilvane considerou o movimento contrário à orientação nacional do partido, que, segundo ele, reafirmou recentemente seu compromisso com o campo progressista e com a resistência democrática.
Gilvane também aproveitou para criticar o distanciamento da nova gestão em relação às origens ideológicas da legenda. Ele lembrou que, com o fim da federação partidária com o PSDB do ex-governador Marconi Perillo, o Cidadania teria uma oportunidade de reafirmar sua identidade política. “Sem a federação com o PSDB, o Cidadania teria excelente oportunidade de retomar suas origens e se alinhar à centro-esquerda”, destacou.
Por fim, o superintendente reforçou a necessidade de união entre forças progressistas. “A atual conjuntura exige união entre as forças democráticas, e acreditamos que o Cidadania em Goiás deveria se aliar a partidos, movimentos e personalidades progressistas para construir uma Frente Ampla pela democracia”, concluiu.
