01/05/25
O professor Wesley Garcia, liderança estadual do PSOL em Goiás, publicou nesta semana uma dura crítica nas redes sociais contra qualquer tentativa de aproximação da esquerda com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB). Em um texto divulgado no Facebook, Garcia reafirma que o PSOL deve manter distância de figuras que, segundo ele, representam um projeto político incompatível com os princípios do partido.
“O PSOL NÃO TEM QUE ANDAR COM PERILLO”, escreveu o professor em letras maiúsculas, reforçando a oposição interna a eventuais articulações políticas que incluam o tucano — derrotado em todas as eleições que disputou desde 2018 e cujo partido, o PSDB, enfrenta um processo de esvaziamento nacional.
A fala de Wesley Garcia é um recado direto diante das especulações sobre uma possível migração de Marconi para o PSB, repetindo movimentos semelhantes ao de figuras como Geraldo Alckmin, que hoje é vice-presidente da República, e José Eliton, ex-aliado de Marconi, que também passou ao campo da centro-esquerda. Para o professor, porém, esse tipo de movimentação não convence.
“Sou totalmente contrário a qualquer tipo de aliança com figuras como Marconi Perillo. Ainda que ele se desloque ao PSB, sou veementemente contra o PSOL apoiar um projeto encabeçado por ele. Aqui não se trata de personalismo, mas de programa político — e Marconi Perillo representa um programa político que combatemos”, escreveu.
Historicamente com pouca expressão estadual, setores da esquerda buscam caminhos para ampliar espaço político, mas as resistências internas a alianças com nomes do campo conservador ainda são fortes.
Wesley Garcia, conhecido por seu posicionamento combativo, tenta marcar posição diante do que considera um “risco de diluição ideológica”. Com o enfraquecimento de Perillo e a provável extinção do PSDB, sua tentativa de reacomodação política segue encontrando obstáculos nos mais variados campos da política.