03/05/25
O senador Vanderlan Cardoso (PSD) rechaçou qualquer proximidade com o governo Lula e negou favorecimento por parte do Palácio do Planalto após declarações de Jorge Kajuru (PSB). O colega de Senado, que é vice-líder do governo no Congresso, acusou o Planalto de privilegiar Vanderlan na distribuição de equipamentos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), mesmo ele sendo opositor em votações importantes.
Em entrevista ao portal Mais Goiás, Vanderlan rebateu: “Nosso alinhamento natural é com a reeleição de Daniel Vilela [do MDB], que assume no próximo ano, e não com o PT”. O senador ainda destacou que a obtenção de maquinários para municípios goianos ocorreu por meio de emendas parlamentares de sua própria autoria, e não por apadrinhamento político.
A reação de Vanderlan veio após discurso de Kajuru no plenário do Senado. O parlamentar do PSB se disse frustrado com o governo federal por ter conseguido “apenas 76 máquinas” para prefeituras de Goiás, enquanto Vanderlan teria viabilizado mais de duas mil por meio da Codevasf — estatal ainda presidida por Abelardo Vaz, indicado durante a gestão Bolsonaro e aliado político do senador pessedista.
Para Vanderlan, a crítica de Kajuru soa como um elogio indireto. “Todos os parlamentares têm acesso ao mesmo volume de recursos. A diferença está na forma como esses recursos são usados”, respondeu. “O processo é simples: indicamos os recursos, a Codevasf realiza a compra e a entrega dos equipamentos.”
O senador aproveitou a ocasião para reforçar sua bandeira municipalista e relembrou sua trajetória como ex-prefeito. Segundo ele, suas emendas priorizam a agricultura familiar, os assentamentos e obras de infraestrutura urbana no interior. Sem citar nomes, alfinetou: “Em vez de reclamar do que os outros fazem, acredito que o melhor caminho é fazer ainda mais e entregar resultados concretos para a população.”
No cenário nacional, Vanderlan reiterou que o PSD tem como pré-candidato à Presidência o governador do Paraná, Ratinho Junior, e defendeu uma aliança com o partido do governador goiano Ronaldo Caiado. “Ter Caiado e Ratinho, ou Ratinho e Caiado, juntos, será um grande ganho para o Brasil”, afirmou o senador, ao defender uma chapa conjunta para 2026.
