Goiânia, 26/08/2025
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Vereadores defendem demissão dos envolvidos em briga na Câmara de Goiânia

07/05/25

Um dia após o procurador-geral da Câmara Municipal de Goiânia, Kowalsky Ribeiro, ser acusado de ameaçar com uma arma de fogo membros da equipe do vereador Sargento Novandir (MDB), o clima no plenário foi de tensão e cobranças internas. A sessão ordinária desta terça-feira (6) teve poucos discursos públicos sobre o caso, mas, nos bastidores, vereadores passaram a defender a exoneração de todos os envolvidos na briga. O episódio, que gerou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), reforçou a avaliação de que não há mais clima para a permanência de Kowalsky no cargo.

O vice-presidente da Casa, Anselmo Pereira (MDB), afirmou que a exoneração pode ocorrer, mas somente após a devida apuração dos fatos. Em entrevista, disse que “há lei, há punibilidade” e que as decisões devem ser tomadas com base na razão, não na emoção. Ele evitou cravar punições imediatas, mas reconheceu que a mesa diretora vai precisar agir. “A mesa vai tomar a frente”, garantiu. Sobre o Conselho de Ética, afirmou que o caso agora é “pré-judicial” e extrapola a competência interna da Câmara.

O vereador Fabrício Rosa (PT) foi um dos poucos a se manifestar no plenário e cobrou uma resposta institucional. Ele defendeu a desmilitarização do ambiente político e afirmou que a única arma admissível na Câmara é o argumento. “Fazer democracia é abrir mão da força em favor do diálogo. Aqui não é quartel”, afirmou, em crítica direta ao comportamento violento relatado.

Nos bastidores, a pressão aumentou não apenas pela saída de Kowalsky, mas também de membros da equipe de Novandir envolvidos na confusão. Parlamentares avaliam que os servidores colocaram a imagem da Câmara em risco e que é preciso dar uma resposta firme. Kowalsky, que já havia se envolvido em episódios de agressividade — incluindo uma briga com uma vizinha em 2023 que resultou em exoneração temporária — voltou ao cargo dias depois, o que agora levanta críticas à conivência do presidente Romário Policarpo (PRD), com quem tem relação próxima.


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