Goiânia, 14/05/2025
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Kowalsky cai após discussão, com arma na cintura, com assessor na Câmara de Goiânia

09/05/25

O procurador-geral da Câmara Municipal de Goiânia, Kowalsky Ribeiro, pediu exoneração do cargo nesta quinta-feira (9) após pressão de parlamentares e em meio à crise institucional deflagrada por uma discussão armada com o chefe de gabinete do vereador Sargento Novandir (MDB). A saída ocorre num contexto em que já era considerada inevitável a decisão do presidente da Casa, Romário Policarpo (PRD), de exonerá-lo.

Em carta aberta, Kowalsky afirmou que a exoneração foi voluntária e buscou justificar a decisão como uma forma de garantir “isonomia e transparência” em eventuais apurações internas. Ele defendeu a abertura de um processo administrativo disciplinar (PAD) para apurar o episódio e anunciou que irá recorrer à Justiça para contestar as acusações feitas contra ele. “As acusações levianas que foram lançadas contra mim serão enfrentadas na Justiça”, escreveu.

O agora ex-procurador também tentou minimizar o impacto da saída, afirmando que a decisão não encerra sua trajetória profissional. “Essa ruptura não representa um ponto final, mas sim uma vírgula que marcará o início de novos horizontes e a reafirmação da verdade”, declarou. Apesar do tom de despedida, ele manteve o discurso de inocência e ressaltou que sempre agiu com ética.

Mais cedo, Policarpo se reuniu com Novandir e outros vereadores após a sessão da Câmara. Apesar de o sargento afirmar que o assunto não teve um desfecho, nos bastidores já se dava como certa também a saída do chefe de gabinete envolvido na discussão. O episódio ocorrido na última segunda-feira (5) escalou a ponto de tornar insustentável a permanência de Kowalsky, mesmo sendo considerado um nome técnico e homem de confiança do presidente da Casa.


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