10/05/25
A crise que atinge a Câmara Municipal de Goiânia ganhou mais um capítulo. Em análise publicada pelo jornal Opção, o foco se volta ao presidente da Casa, Romário Policarpo (PRD), acusado de cometer um erro político grave ao manter no cargo o procurador-geral do Legislativo, Kowalsky Ribeiro — personagem central de um episódio conflituoso que abalou os bastidores da Casa nas últimas semanas.
A reportagem lança uma pergunta que ecoa entre os parlamentares da capital: “Por que Romário Policarpo não pode exonerar Kowalsky Ribeiro?” O questionamento expõe o incômodo de boa parte dos vereadores, que, segundo o texto, já somam pelo menos 36 em sintonia contra a permanência do procurador, acusado de ameaçar um assessor do vereador Sargento Novandir.
O Jornal Opção vai além: “A pergunta de 1 milhão de dólares é: o que receia Romário Policarpo?” O texto sugere que há receios — ou interesses — por trás da resistência em afastar o procurador. “O chefe da Câmara tem a perder se exonerar Kowalsky Ribeiro? O quê?”, indaga o artigo, levantando dúvidas sobre os bastidores da relação entre os dois.
Para o jornal, a exoneração seria um gesto de força e coragem política. “Se mostrar coragem, Romário Policarpo ganhará o aplauso de 36 vereadores, certamente. Ganhará, sobretudo, tranquilidade — tanto para si quanto para os demais vereadores”, afirma o texto, apontando que a permanência de Kowalsky apenas alimenta a crise institucional e a exposição negativa da Câmara na mídia local e nacional.
O procurador-geral, descrito como um “não-vereador que repercute mal a Câmara”, tornou-se protagonista de um episódio que colocou o Legislativo sob os holofotes por motivos constrangedores. O clima chegou ao ápice quando o vereador Novandir apareceu no plenário usando colete à prova de balas, em uma alegada medida de segurança após os atritos com o procurador.
Para o Jornal Opção, a manutenção de Kowalsky no cargo pode significar risco não apenas à imagem da Casa, mas também à estabilidade política de Policarpo. “Será que Romário Policarpo não pode acabar se tornando a próxima vítima do ‘causídico’?”, questiona o texto, que sugere que, diante da escalada de tensão, o presidente da Câmara estaria diante de uma escolha decisiva: proteger a estrutura do Legislativo ou insistir em uma aliança que só contribui para o desgaste.