12/05/25
A movimentação recente do senador Wilder Morais (PL) nas redes sociais tem chamado atenção menos por suas ideias e mais pelo esvaziamento de seu papel político. Longe de liderar debates ou apresentar propostas estruturantes para Goiás, Wilder tem se limitado a divulgar agendas burocráticas, como entregas de emendas e visitas protocolares aos poucos prefeitos aliados. Para muitos observadores, o senador vem assumindo o papel de uma espécie de "despachante " da máquina pública, longe da estatura política que o cargo exige.
Ao invés de apresentar projetos ou tomar posição sobre temas relevantes ao estado — como segurança pública, mobilidade, industrialização ou reforma tributária — Wilder utiliza seus perfis para divulgar fotos em gabinetes, liberar pequenos recursos e anunciar promessas já desgastadas. A ausência de protagonismo tem alimentado críticas até dentro de sua base: o senador, que deveria ser uma das principais vozes da oposição em Goiás, tem sido cada vez mais coadjuvante no cenário estadual.
Mesmo filiado ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro, Wilder não conseguiu até agora capitalizar esse vínculo com um projeto político sólido. Sua atuação no Senado passa despercebida no debate nacional, e sua estratégia digital reforça uma imagem de dependência de prefeitos para manter alguma relevância — um sinal claro de fragilidade política.
Sem articulações consistentes, sem discursos de impacto e, principalmente, sem ideias novas para Goiás, Wilder Morais parece se contentar com o papel de gestor de emendas e figurante de agendas locais. Em tempos em que o estado clama por lideranças com visão e coragem para enfrentar os grandes desafios, o senador se apequena ao optar pela política do varejo, sem ambição de liderar nada além de seus próprios interesses.