19/05/25
A pré-candidatura do senador Wilder Morais (PL) ao governo de Goiás em 2026 perdeu força e caminha para ser inviabilizada. Isolado politicamente e sem articulação concreta, o senador não tem conseguido mobilizar apoios nem estruturar alianças. Nos bastidores, prefeitos próximos a ele já admitem que, apesar do discurso de pré-candidato, Wilder se afastou da disputa real. O avanço da pré-candidatura de Daniel Vilela (MDB), com o apoio de uma base ampla e consolidada, praticamente sepultou a possibilidade de um enfrentamento competitivo. As informações foram reveladas pelo jornal O Popular desta segunda-feira (19).
A situação se agravou após declarações públicas de apoio à união entre União Brasil e PL feitas pela primeira-dama Gracinha Caiado e pelo próprio Daniel. Mesmo com resistências internas no PL, a articulação encabeçada pelo vereador Vitor Hugo, que levou Jair Bolsonaro a se reunir com Daniel em Brasília, não sofreu nenhuma reação ou punição da direção estadual. A ausência de enfrentamento mostra o esvaziamento da liderança de Wilder dentro do partido.
A aproximação entre Caiado e Bolsonaro ganhou força com a promessa do governador de anistiar o ex-presidente, caso eleito. O gesto foi bem recebido e favoreceu o clima de entendimento. Embora tenha havido uma pausa nas filiações de prefeitos do PL à base governista, parte do acordo que encerrou a ação de inelegibilidade contra Caiado, lideranças do partido seguem alinhadas ao governo estadual. O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa, é um exemplo, ao elogiar publicamente o governador por obras na cidade.
Com isso, o protagonismo de Wilder no bolsonarismo goiano entra em declínio. A ausência de movimento, a perda de espaço interno e a falta de reação à articulação por uma aliança com o governo indicam que sua candidatura ao Palácio das Esmeraldas dificilmente se concretizará. O cenário aponta para uma composição entre PL e Daniel Vilela, esvaziando de vez o projeto de Wilder.