Goiânia, 26/08/2025
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PSDB de Marconi se alia a político citado em delação da Odebrecht

20/05/25

A fusão em andamento entre PSDB e Podemos reacende velhas histórias de suspeitas de corrupção que envolvem figuras centrais das duas siglas. Um dos protagonistas é o pastor Everaldo, atual vice-presidente do Podemos, que foi citado em delação da Odebrecht por suposta participação em um esquema de caixa dois para favorecer a campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB) em 2014. Aécio, hoje, é uma das principais lideranças do partido, presidido atualmente por Marconi Perillo.

De acordo com o delator Fernando Reis, ex-diretor da Odebrecht Ambiental, a empresa repassou R$ 6 milhões à campanha de Pastor Everaldo, então presidenciável pelo PSC — partido incorporado ao Podemos em 2023. Como a candidatura não decolou, o plano teria mudado: Everaldo teria sido orientado a usar seu tempo nos debates na TV para favorecer Aécio, servindo de linha auxiliar do tucano na reta final da eleição.

Reis relatou que sugeriu a Everaldo levantar temas nos debates que permitissem a Aécio atacar o governo Dilma Rousseff. Um exemplo citado foi o debate da TV Globo, quando o pastor usou uma pergunta sobre Previdência para dar espaço ao tucano criticar o PAC. A manobra, segundo o delator, fazia parte da estratégia de compensação do investimento feito inicialmente na candidatura de Everaldo.

O pastor sempre negou as acusações e o inquérito sobre o caso foi arquivado pela Justiça Eleitoral do Distrito Federal. Ainda assim, a reaproximação entre PSDB e Podemos, sob o comando de Marconi Perillo, coloca novamente no mesmo campo político nomes que estiveram no centro de escândalos de corrupção — fato que lança dúvidas sobre a mensagem de renovação que os partidos pretendem passar com a fusão.


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