22/05/25
O deputado estadual Amauri Ribeiro (UB) está na mira do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) após protagonizar mais um episódio de ataques pessoais, desta vez direcionados à deputada Bia de Lima (PT). As declarações do parlamentar, feitas em plenário, foram consideradas ofensivas e inaceitáveis por outros deputados e por integrantes da Mesa Diretora, o que aumenta a possibilidade de punição severa — inclusive com a perda de mandato.
Durante sessão desta quarta-feira (21), Amauri insinuou que Bia de Lima teria comportamento relacionado à pedofilia, ao comentar de forma maliciosa uma fala da deputada sobre preferências pessoais em entrevistas. A agressão verbal, feita enquanto ele ocupava a primeira secretaria da Mesa, gerou revolta imediata. Após novo pedido de Bia pela retirada do parlamentar da função, o presidente em exercício, Clécio Alves (Republicanos), preferiu encerrar a sessão. Nos bastidores, a situação saiu do controle: Amauri partiu para cima do deputado Mauro Rubem (PT) e só não houve agressão física graças à intervenção de colegas e da segurança.
A repercussão negativa entre os parlamentares, tanto da base governista quanto da oposição, forçou o presidente da Casa, Bruno Peixoto (UB), a prometer providências imediatas. Bia de Lima e Mauro Rubem formalizarão representação por quebra de decoro, e o caso será analisado pelo Conselho de Ética, presidido por Charles Bento (MDB). A depender da avaliação do colegiado, Amauri pode enfrentar punição que vai desde advertência até a cassação do mandato.
O Código de Ética da Alego considera como condutas incompatíveis com o decoro práticas como ofensas morais, perturbação da ordem nas sessões e atos de desrespeito a outros parlamentares. O histórico de embates entre Amauri e os petistas já havia rendido outras representações, mas agora, diante da escalada de violência verbal e do risco de agressão física, cresce o consenso de que o deputado ultrapassou todos os limites.
