Goiânia, 16/06/2025
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Alego busca punição exemplar para Amauri Ribeiro por ataques a colegas

28/05/25

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego) iniciou nesta terça-feira (27) a análise de duas representações que envolvem os deputados estaduais Amauri Ribeiro (UB) e Bia de Lima (PT). O relator dos casos será o presidente do colegiado, Charles Bento (MDB). A expectativa entre os membros do conselho é de que haja avanço na responsabilização de Amauri, com possibilidade de suspensão de suas falas em plenário e comissões por 30 dias.

Segundo apuração do jornal O Popular, os integrantes do conselho deliberaram pela unificação dos processos e indicaram, preliminarmente, advertência por escrito à deputada Bia e punição mais severa ao deputado Amauri, devido à reincidência de comportamentos considerados incompatíveis com o decoro parlamentar. A Procuradoria da Alego alertou, no entanto, para os prazos regimentais: os citados terão até 20 dias úteis para apresentar defesa, e o relator, até 30 dias úteis para concluir a instrução do caso.

A nova crise foi desencadeada na última semana, quando Amauri Ribeiro utilizou trechos distorcidos de uma entrevista da deputada petista para acusá-la indiretamente de apologia à pedofilia. As declarações geraram uma quinta representação de Bia de Lima contra ele. Em seguida, Amauri quase partiu para agressão física contra o deputado Mauro Rubem (PT), sendo contido por colegas e servidores da Casa. O clima hostil se estendeu às galerias da Alego, onde torcidas organizadas dos dois parlamentares entraram em confronto, levando o presidente Bruno Peixoto (UB) a encerrar a sessão por motivos de segurança.

A representação contra Amauri destaca "reiteradas condutas ofensivas", "linguagem incompatível com o mandato", "imputações criminosas sem provas" e "violência política de gênero". A penalidade pode ir desde advertência até cassação de mandato, dependendo da evolução do processo. O relator Charles Bento afirmou que o conselho buscará agir com transparência e celeridade. “Vamos agir com rigor. Esse tipo de conduta não pode ser normalizado no Parlamento”, reforçou.


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