31/05/25
A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) vai formalizar um pedido ao Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DenaSUS) para ampliar a auditoria que já está em andamento nas maternidades públicas da capital. A solicitação, segundo o secretário Luiz Pellizzer, incluirá uma análise detalhada da aplicação de recursos federais no período de 2022 a 2024, durante a gestão do ex-prefeito Rogério Cruz. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 28, durante visita institucional de representantes do DenaSUS à sede da pasta.
A intenção, segundo Pellizzer, é “apurar a produção real das unidades, o destino dos recursos [entre 2022 e 2024] e a falta de pagamento que culminou no colapso dos serviços”. A medida é interpretada como uma forma de atribuir responsabilidades pela grave crise enfrentada pelas unidades de saúde materno-infantil da cidade.
O diretor do DenaSUS, Rafael Bruxellas, confirmou que a auditoria está em fase de planejamento. “Já solicitamos documentos e indicamos servidores para atuar como pontos focais”, disse, adiantando que um plano de ação será elaborado antes das auditorias presenciais nas unidades. A investigação federal foi motivada pela vereadora Aava Santiago (PSDB).
A situação nas unidades se deteriora desde o ano passado, com atrasos salariais, falta de medicamentos e ameaças de interdição. Em 2023, o Conselho Regional de Medicina de Goiás (Cremego) chegou a cogitar a interdição de hospitais como Dona Íris, Célia Câmara e Nascer Cidadão, diante do agravamento da crise. Agora, com a atuação direta do DenaSUS, a Prefeitura busca esclarecer responsabilidades e retomar a normalidade nos atendimentos.