05/06/25
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, avalia deixar o PSDB nas próximas semanas, após o avanço das articulações comandadas pelo ex-governador Marconi Perillo (GO), presidente nacional da sigla. Riedel é o último governador tucano em exercício no país e vem sendo assediado por legendas como o PP, o PSD e o PL. A possível saída ganhou força com a condução de Perillo à frente da fusão entre PSDB e Podemos, que será oficializada nesta quinta-feira (5), em Brasília.
Interlocutores próximos a Riedel afirmam que ele permanecerá no PSDB apenas até a convenção formal da fusão. A dúvida sobre sua permanência ocorre no momento em que Perillo se movimenta para retomar protagonismo nacional e redesenha o partido à sua imagem, após as derrotas eleitorais em Goiás e o esvaziamento da legenda no Congresso.
Com popularidade em alta e considerado favorito à reeleição em 2026, Riedel tem sido cortejado por líderes como Gilberto Kassab (PSD), Ciro Nogueira e Tereza Cristina (PP). Kassab intensificou as investidas e mobilizou até o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para ajudar a convencer Riedel a migrar para o PSD — partido que já abriga os ex-tucanos Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE), além dos governadores Ratinho Júnior (PR) e Fábio Mitidieri (SE).
A eventual saída de Riedel marcaria o fim de uma era no PSDB, que chegou a ser um dos protagonistas da política brasileira entre os anos 1990 e 2010, mas hoje enfrenta forte desgaste e perda de espaço. Desde 2018, o partido encolhe nacionalmente, sem candidato competitivo à Presidência e com redução expressiva de prefeituras, cadeiras no Congresso e quadros nos estados.
