09/06/25
Por trás das luzes do palco e da empolgação do público, os bastidores dos shows realizados em Goiás revelam uma faceta mais discreta, mas não menos interessante: os pedidos de camarim feitos pelos artistas. Entre exigências luxuosas e preferências inusitadas, produtores locais relatam experiências que variam de garrafas de bebidas caríssimas a pedidos improváveis como Toddynho e pequi.
Uma produtora, que preferiu não se identificar, relembrou um dos pedidos mais inusitados de sua carreira: o do padre Fábio de Melo. Durante um show no estado, o religioso teria solicitado um pote de Whey Protein no rider técnico — documento que especifica as necessidades do artista antes e depois da apresentação. Já o ator e dublador Thiago Lacerda surpreendeu pela simplicidade: um copo de conhaque e uma única maçã.
No cenário da música eletrônica, os pedidos também fogem do convencional. O DJ goiano Pedrinho Illusionize, por exemplo, pediu pequi, fruto típico da região, como item obrigatório no camarim. Já o também DJ Fatsync optou por um toque mais infantil: pediu uma caixa da bebida láctea Toddynho, dispensando qualquer bebida alcoólica.
Apesar desses casos curiosos, o padrão nos bastidores ainda gira em torno de bebidas de alto custo. De acordo com outro produtor, há artistas que pedem garrafas de tequila que custam entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. “Tem dias em que o artista não quer nada, mas em outros, o rider pode ultrapassar R$ 5 mil só com bebidas”, afirma.
Para os produtores, cabe à equipe garantir que tudo esteja pronto, do mais simples ao mais excêntrico. “Nossa função é oferecer o melhor possível. Às vezes é algo simbólico, outras vezes é puro capricho”, resume um dos profissionais que atua em eventos pelo estado.