Goiânia, 13/06/2025
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Humberto Teófilo é alvo de críticas da OAB-GO por desrespeito à advocacia

10/06/25

Em sessão ordinária realizada nesta segunda-feira (9), o Conselho Pleno da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) aprovou, por unanimidade, notas de desagravo público em defesa dos advogados Boadyr Veloso, Heylla Rose Veloso e Taynara Arruda. Eles acusam o delegado Humberto Teófilo de Menezes Neto, da Central Geral de Flagrantes de Goiânia, de utilizar espaços públicos para autopromoção e desviar a finalidade de suas funções, violando as prerrogativas da advocacia. A decisão foi baseada em relatos e provas processuais, analisadas em dois processos administrativos relatados pelo conselheiro Matheus de Oliveira Costa.

Boadyr e Heylla Veloso denunciaram que foram presos arbitrariamente enquanto defendiam clientes, tendo objetos pessoais – como cheques lacrados – apreendidos e incluídos no inquérito como supostas provas de crime. "O delegado revistou a bolsa da minha esposa e usou documentos dos clientes como se fossem prova de ilícito", afirmou Boadyr. Já Taynara Arruda relatou ter sido presa de forma vexatória, mesmo apresentando sua carteira da OAB, e ridicularizada nas redes sociais, com vídeos editados que atingiram mais de 2,2 milhões de visualizações. "Foi um ataque não só a mim, mas à advocacia", declarou.

O presidente da OAB-GO, Rafael Lara Martins, destacou a gravidade dos casos e anunciou um ato de desagravo no local das violações, com participação do Conselho Federal da OAB. "Delegacia não é palco para busca de likes", afirmou, criticando a banalização das prerrogativas da advocacia. O relator Matheus de Oliveira Costa apontou "desvio de finalidade" na conduta do delegado, acusando-o de priorizar a autopromoção em vez da legalidade. A Ordem reafirmou seu compromisso com a defesa intransigente da categoria.

Em resposta, o delegado Humberto Teófilo afirmou que todas as ações tiveram respaldo legal. "O flagrante foi homologado pelo juiz, e a prisão foi regular", disse, sobre o caso de Boadyr. Quanto a Taynara, alegou que a prisão foi conduzida por outro delegado e que ela própria buscou exposição midiática. O delegado classificou as críticas como "perseguição" ao seu trabalho, afirmando que age sem distinção de classe.


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