12/06/25
Parlamentares do PL em Goiás saíram em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro após o interrogatório conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última terça-feira (10/6). Em entrevista ao Jornal Opção, nesta quarta-feira (11), o vereador Oséias Varão e o deputado estadual Paulo Cezar Martins minimizaram as declarações de Bolsonaro, que chamou de “malucos” os apoiadores que pediam intervenção militar em frente a quartéis, e disseram ver perseguição no processo judicial que investiga a suposta trama golpista.
Para Oséias Varão, Bolsonaro se expressou mal ao se referir aos manifestantes. O vereador argumentou que essas pessoas eram apenas “desinformadas” e não compreendiam o funcionamento do sistema institucional brasileiro. “É aquele tipo de fala dita de maneira impulsiva”, justificou. Ele ponderou que o ex-presidente costuma falar sem filtro e que “maluco” não seria o termo mais adequado para definir o grupo que pedia a volta do AI-5 ou intervenção militar.
Já o deputado Paulo Cezar Martins afirmou que Bolsonaro “até foi educado” ao usar a expressão. Segundo ele, os responsáveis pelos atos de vandalismo em 8 de janeiro devem ser punidos, mas não se pode generalizar os apoiadores do ex-presidente. “Quem quebrou, tem que pagar. Quem não cometeu crime, não pode ser condenado”, disse o parlamentar, que também criticou o rótulo de “golpistas” dado a todos os bolsonaristas.
A repercussão nas redes sociais, no entanto, foi majoritariamente negativa. Dados da empresa Arquimedes apontam que 65% das menções ao interrogatório de Bolsonaro no X (antigo Twitter) tiveram tom crítico. Questionado sobre possíveis prejuízos à imagem do ex-presidente, Paulo Cezar avaliou que a direita e a esquerda no Brasil estão carentes de lideranças, o que explicaria a permanência de Bolsonaro como figura central no debate político.