12/06/25
Em publicação no X (antigo Twitter), o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) voltou a adotar um tom ambíguo ao comentar o cenário político nacional. “Somos contra os extremos que não foram benéficos ao país nos últimos anos. E vamos radicalizar no que importa aos brasileiros e ao desenvolvimento social e econômico da nação!”, escreveu.
A frase causou estranhamento por reunir, no mesmo texto, a crítica aos “extremos” — numa provável referência à polarização entre Jair Bolsonaro e Lula — e a promessa de “radicalizar”, sem deixar claro em que direção ou com quais propostas. O discurso, pouco objetivo, reforça a dificuldade de Marconi e do PSDB em firmar um posicionamento claro no atual ambiente político.
A tentativa de se apresentar como alternativa ao bolsonarismo e ao lulismo esbarra em contradições recorrentes. A sigla tucana, que já protagonizou o debate político nacional, hoje parece hesitar entre críticas genéricas e jargões vagos, como o do próprio Marconi, que defende o combate a “extremos” ao mesmo tempo em que propõe uma “radicalização”.
O episódio expõe não apenas a crise de identidade do PSDB, mas também o esforço frustrado de Marconi Perillo em recuperar relevância no debate público. Após derrotas sucessivas nas urnas, o ex-governador ainda busca uma narrativa que o reconecte com o eleitorado — sem sucesso até agora.
