Goiânia, 15/06/2025
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Fusão com Podemos fracassa, e PSDB de Marconi corre risco de extinção

13/06/25

O PSDB segue em processo de esvaziamento e agora vê naufragar sua última tentativa de sobrevivência política por meio da fusão com o Podemos. Uma semana após a convenção nacional tucana aprovar a união entre as duas legendas, os partidos encerraram oficialmente as negociações. A ruptura ocorreu após impasse sobre o controle da nova sigla, com o Podemos exigindo a presidência por quatro anos — proposta rejeitada pelo presidente nacional do PSDB, o ex-governador Marconi Perillo.

A proposta dos tucanos previa um sistema de rodízio no comando da nova legenda, com revezamento a cada seis meses inicialmente e depois alternância anual. A falta de consenso expôs a fragilidade da legenda que já foi protagonista da política brasileira e hoje conta com apenas 13 deputados federais e três senadores. O Podemos, com quem o PSDB negociava, tem 15 deputados e quatro senadores.

Sem a fusão, o PSDB continua seu processo de encolhimento, marcado por perdas de quadros históricos. Recentemente, dois governadores deixaram a sigla: Eduardo Leite (RS) e Raquel Lyra (PE) migraram para o PSD. A legenda, que por duas décadas disputou o protagonismo nacional com o PT e governou o país com Fernando Henrique Cardoso, vive hoje um isolamento político e enfrenta o risco de não atingir a cláusula de barreira nas próximas eleições — o que poderia levar à sua extinção.

A saída encontrada por Marconi Perillo é tentar uma nova federação partidária, modelo menos rígido que a fusão e que permite alguma autonomia interna. O PSDB, que atualmente está federado com o Cidadania, estuda agora a formação de uma nova aliança com partidos como Republicanos, Solidariedade e até o próprio Podemos. A atual federação com o Cidadania deve ser desfeita em 2026, quando expira sua validade legal. Até lá, o futuro do PSDB permanece incerto.


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