22/06/25
Jair Bolsonaro tem intensificado articulações para construir uma candidatura única da direita e do centro à Presidência da República em 2026. Embora inelegível, o ex-presidente atua para influenciar a escolha do nome que enfrentará o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerado favorito em todas as simulações de primeiro turno.
Conforme informações do jornal Opção, a movimentação de Bolsonaro passa por líderes de peso, como os governadores Ronaldo Caiado (União Brasil), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Ratinho Júnior (PSD), Romeu Zema (Novo) e pelo presidente do PSD, Gilberto Kassab. A aproximação com Kassab, que comanda um dos maiores partidos do Congresso, foi interpretada como uma mudança de estratégia por parte do ex-presidente, que busca ampliar sua base para além do bolsonarismo.
A construção dessa frente nacional se reflete nos Estados. Em Goiás, Bolsonaro atua por uma aliança com Caiado e Daniel Vilela (MDB), atual vice-governador. A formação mais provável da chapa governista incluiria Daniel como candidato ao governo, Gracinha Caiado ao Senado e um nome do PL — como o deputado federal Gustavo Gayer ou Fred Rodrigues — compondo a chapa majoritária. A vice poderia ficar com Adriano da Rocha Lima, Pedro Sales ou José Mário Schreiner.
Com isso, Bolsonaro aposta na união das direitas em Goiás, espelhando o movimento nacional. Caso a aliança não se consolide, o senador Wilder Morais (PL) surge como possível nome para disputar o governo estadual.
A articulação bolsonarista se baseia na leitura de que, para vencer Lula, será necessário unir forças desde o primeiro turno. Caso contrário, o atual presidente pode ser impulsionado por uma fragmentação da oposição, aumentando suas chances de vitória em eventual segundo turno.
