22/06/25
O Partido Liberal (PL) considera apresentar uma chapa ao Senado em Goiás que inclui o deputado federal Gustavo Gayer e o advogado Demóstenes Torres. Embora ainda não esteja filiado ao partido, Demóstenes tem ganhado respaldo nos bastidores, inclusive entre bolsonaristas em Brasília, onde atua como advogado em casos ligados ao 8 de janeiro, como a defesa do almirante Almir Garnier Santos.
Gustavo Gayer, nome forte no eleitorado bolsonarista, também é cotado como candidato ao Senado, mas enfrenta incertezas judiciais que podem afetar sua elegibilidade. Caso permaneça apto, o deputado deve ser uma das apostas prioritárias do PL em Goiás.
Se confirmadas as duas candidaturas, a composição da chapa majoritária do partido dependerá da definição nacional. A tendência, segundo interlocutores, é que o PL se alinhe com a federação formada por União Brasil e Progressistas (PP), o que poderia consolidar uma aliança no Estado entre Daniel Vilela (MDB), cotado ao governo, e os pré-candidatos ao Senado Gracinha Caiado (União Brasil) e um nome do PL — Gayer ou Demóstenes.
Nesse cenário, o senador Wilder Morais, também do PL, figura como opção para o governo, mas pode recuar em favor de uma aliança com o MDB e União Brasil. Há ainda a possibilidade de uma vice ligada ao agronegócio, como Gustavo Mendanha ou José Mário Schreiner.
Demóstenes Torres, por sua vez, pode manter sua candidatura mesmo sem apoio direto da aliança majoritária, já que a legislação permite que partidos lancem mais de um candidato ao Senado quando há duas vagas em disputa, como será o caso em 2026.