Goiânia, 26/08/2025
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Candidatura de Caiado pressiona ministros do União Brasil a deixarem governo Lula

23/06/25

Lideranças do União Brasil consideram inevitável a saída do partido da base do governo Lula, movimento que deve ser consolidado até o final de 2025. Como parte da transição para a oposição, dois dos três ministros ligados à legenda devem entregar seus cargos nos próximos meses, em preparação para as eleições de 2026.

Segundo dirigentes ouvidos pela coluna, os ministros Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações), ambos filiados ao União Brasil, devem pedir demissão ainda neste ano. A permanência de ambos na Esplanada é vista como incompatível com as novas diretrizes da sigla. A única exceção é Waldez Góes, titular da Integração e do Desenvolvimento Regional. Embora tenha sido indicado ao cargo pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP), Góes não é filiado ao partido e, por isso, deve permanecer no governo.

Um dos fatores que aceleraram o afastamento foi o lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, à Presidência da República. Como um dos principais nomes do União Brasil e crítico declarado do governo Lula, Caiado defende uma agenda de centro-direita e já se posiciona como alternativa à gestão petista. Seu movimento foi interpretado internamente como um divisor de águas: ou o partido apoia seu projeto nacional ou permanecerá dividido entre cargos e discurso oposicionista.

Além disso, a recente formalização da federação entre União Brasil e Progressistas (PP), liderado pelo senador Ciro Nogueira (PI), ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro, reforçou o reposicionamento do partido no campo da direita. O estatuto da federação, que deve ser oficializado em julho, prevê a proibição de que seus filiados ocupem cargos no governo federal. Quem optar por continuar no Executivo será considerado parte da cota pessoal do presidente Lula, e não mais representante partidário.

A nova aliança entre União Brasil e PP mira a disputa presidencial de 2026, com foco em um nome de centro-direita. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é hoje o principal cotado entre as lideranças da federação.


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