23/06/25
“O bolsonarismo é o grande responsável pela desaceleração no crescimento do número de evangélicos no Brasil.” A afirmação é do pastor Aluízio Silva, líder da Igreja Videira e integrante do Conselho de Pastores de Goiânia. A declaração, feita em 9 de junho durante uma reunião de liderança na Arena Videira, revela um diagnóstico direto sobre os efeitos da politização das igrejas nos últimos anos. As informações são do jornalista Altair Tavares, do Diário de Goiás.
Em sua fala, Aluízio criticou o uso do púlpito como plataforma político-partidária, especialmente por lideranças que se aliaram abertamente ao bolsonarismo. Segundo ele, ao misturar fé com ideologia, muitos pastores afastaram fiéis que buscavam apenas uma experiência espiritual. “Quando os pastores no púlpito resolveram assumir politicamente algo, fecharam a porta da igreja para um montão de gente. Não pessoas de esquerda, mas pessoas que não querem se identificar com um segmento”, afirmou.
A crítica vem à tona após a divulgação dos dados do Censo Demográfico 2022, do IBGE. Apesar de os evangélicos representarem 31% da população brasileira, o crescimento do segmento perdeu ritmo. Antes da pandemia, a expectativa era que ultrapassassem os 50% da população até 2032. Agora, esse cenário parece mais distante.
Para o pastor, a causa é clara: “Isso é distração do maligno”, alertou, reforçando que a missão da igreja deve estar centrada em Cristo e no Evangelho, e não em disputas políticas. Apesar da crítica, Aluízio se mostrou otimista quanto ao futuro: “Nos próximos anos vamos crescer como nunca crescemos antes. Vamos avançar como nunca avançamos antes. Por quê? Porque centralizamos o Cristo! Centralizamos o Evangelho!”.
