27/06/25
O ex-deputado federal Vilmar Rocha, que presidiu o PSD em Goiás por anos e anos, foi categórico ao afirmar não acreditar que o senador Wilder Morais (PL) seja candidato ao governo estadual nas eleições de 2026. Apesar de não se movimentar para uma possível disputa, o parlamentar sempre teve seu nome cogitado.
“Eu vejo que o Wilder não quer ser candidato a governador. Ele quer ser senador. Não vejo projeto dele para se candidatar ao governo”, afirmou Vilmar em entrevista ao site Folha Z.
Para Vilmar, chefiar o governo estadual exige dedicação e um perfil adequado para fazer frente às dificuldades impostas pelo cargo, qualidades que ele demonstra não enxergar em Wilder Morais. O senador, frisa-se, jamais apresentou qualquer projeto para o Estado. Tampouco se apresentou como opositor, com críticas ao atual governo.
“Ser governador é muito difícil. É preciso estar ligado 24 horas por dia, tomando decisões, nomeando, exonerando, enfrentando greves e problemas”, listou o político, que já ocupou diversas secretarias na gestão estadual.
Vilmar Rocha ressalta que é preciso ter vontade para exercer um cargo de tamanha relevância. “Tem que ter gosto, tem que ter perfil. Não vejo esse desejo, esse projeto nele”, finalizou.
Adesão
Em Goiás, o PL sempre afirmou que teria candidato ao governo em 2026, mas nos bastidores o partido negocia migrar para a base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil). Recentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi ao Palácio das Esmeraldas para encontro com o governador na companhia de Wilder Morais. A sucessão 2026 foi uma das pautas.
Bolsonaro prioriza a eleição de um senador por Goiás, o que pode facilitar a adesão do PL à base caiadista. Se a aliança vingar, o vice-governador Daniel Vilela (MDB), que será candidato ao governo, terá a companhia do deputado federal Gustavo Gayer (PL) na vaga ao Senado. A outra é tida como certa para a primeira-dama Gracinha Caiado (União Brasil).