Goiânia, 26/08/2025
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Comentarista do ‘fim do mundo’, Aava Santiago se mantém um túmulo quando o assunto é Marconi

02/07/25

A deflagração da Operação Panaceia, em fevereiro, que investigava supostos desvios de recursos públicos na Secretaria de Saúde de Goiás (SES-GO) durante os governos de Marconi Perillo (PSDB), não mereceu atenção da vereadora Aava Santiago (PSDB). A vereadora permaneceu em silêncio absoluto sobre o assunto. Aliás, a vereadora sempre se manteve em silêncio sobre qualquer tema que resvale na imagem ex-governador. Aava, que costuma usar as redes sociais para comentar de picuinha com secretário municipal até a guerra na Ucrânia, não tem a mesma pressa quando o tema é Marconi. 

A investigação, conduzida pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU), aponta que o desvio de recursos do Sistema Único de Saúde (SUS) teria ocorrido entre 2012 e 2018, período em que Marconi Perillo comandava o estado. O esquema, segundo as apurações, envolvia contratos suspeitos firmados pela organização social Instituto Gerir, responsável pela administração de hospitais estaduais. Ainda em fevereiro, o ex-governador conseguiu suspender o inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).

A vereadora, que sempre fez questão de reforçar sua proximidade com Marconi Perillo, já chegou a afirmar em entrevista que o estado de Goiás “sente falta” do tucano. “O goiano tem critérios práticos de avaliação e de comparação e esses critérios, do ponto de vista dos índices de desenvolvimento da política pública, colocam o Marconi numa posição muito vantajosa, muito confortável para tentar qualquer cargo que ele queira em 2026”, disse Aava.

Ao exaltar o ex-governador, a vereadora ignora a série de investigações e escândalos que marcaram os mandatos de Marconi. O tucano foi citado na Operação Monte Carlo, que revelou ligações com o contraventor Carlinhos Cachoeira, além de ter sido alvo de outras operações como Decantação 1 e 2, Cash Delivery e Compadrio, todas relacionadas a suspeitas de desvios de dinheiro público.

Durante a Operação Lava Jato, Marconi apareceu nas planilhas da Odebrecht sob os codinomes “Patati”, “Padeiro” e “Master”, que seriam referências a repasses ilegais da empreiteira para campanhas eleitorais. Em 2021, o próprio ex-governador admitiu o uso de caixa dois na campanha de 2014. Pelo Operação Cash Delivery, Marconi chegou a ser preso pela Polícia Federal.


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