04/07/25
O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), declarou nesta segunda-feira (30) que a situação fiscal do município é "crítica", comparando-a a um cadastro no Serasa devido a um endividamento de R$ 1,5 bilhão e um calote de R$ 100 milhões a fornecedores, herdados da gestão anterior. Anápolis lidera o déficit fiscal em Goiás em 2024 e está entre os 25 piores municípios do Brasil nesse quesito.
Corrêa lamentou que a situação impeça a renegociação de dívidas e a obtenção de novos empréstimos junto ao Tesouro Nacional. No entanto, destacou que sua gestão já implementou cortes de R$ 60 milhões nos primeiros quatro meses, eliminando contratos, regalias e cargos comissionados desnecessários.
Apesar do cenário, o prefeito garantiu a retomada de obras com recursos próprios, como o viaduto do Recanto do Sol, e a ampliação de Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), prometendo novas unidades de saúde. Na educação, a meta é criar mais de 2 mil vagas na educação infantil até agosto.
Para fortalecer a economia, Corrêa citou a criação do "Alvará Rápido" e "Alvará Unificado", visando facilitar o ambiente de negócios e aumentar a arrecadação.
Greve do Transporte Coletivo Agrava o Cenário
Em meio à crise fiscal, Anápolis enfrenta uma paralisação do transporte coletivo, com motoristas reivindicando salários e melhores condições de trabalho. Márcio Corrêa afirmou ter sido pego de surpresa, mas garantiu diálogo com a concessionária e o governo estadual. Ele criticou a tarifa, considerada uma das mais caras do país, por um serviço de "péssima qualidade", e prometeu rigor nas negociações para garantir serviço de qualidade e tarifa justa.
