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Gilsão Meu Povo confirma iPhones para vereadores por contrato com operadora

05/07/25

O presidente da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, vereador Gilsão Meu Povo (MDB), confirmou que os 25 parlamentares da cidade receberão aparelhos iPhone, mas negou que tenham sido adquiridos com recursos diretos da Casa. Segundo ele, os celulares fazem parte de um contrato firmado com uma operadora de telefonia e serão entregues em regime de comodato — ou seja, emprestados durante a vigência do contrato.

“Não tem compra de iPhone, não. Tem um contrato da operadora conosco. Os telefones vão ser emprestados aos vereadores. No final da legislatura devolve o aparelho. Foi mal-entendido. Não tem compra”, declarou Gilsão durante entrevista ao jornalista Altair Tavares, do Diário de Goiás.

O assunto gerou polêmica no início do ano, quando a Câmara chegou a abrir uma licitação para comprar 25 iPhones 16 Pro Max de 512 GB, com custo unitário de R$ 12 mil — totalizando R$ 293 mil. A iniciativa foi alvo de questionamentos do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e acabou suspensa por decisão judicial em março. Com a repercussão negativa e a decisão da Justiça, o processo foi cancelado.

Apesar disso, Gilsão buscou alternativa para garantir os celulares. Em junho, a Câmara renovou contrato com uma operadora de telefonia que prevê, entre outras cláusulas, o fornecimento de 31 linhas móveis com internet de 40 GB por linha e aparelhos em comodato: 25 iPhones e 6 celulares Android. A contratação foi feita por meio de adesão à ata de registro de preços e terá validade de dois anos e meio, com custo total de R$ 214,1 mil.

O presidente da Câmara afirmou que a contratação segue o mesmo modelo de gestões anteriores. “Esse contrato já passou por vários outros presidentes do Legislativo e nós apenas renovamos”, disse.

Segundo informações do portal G5News, o contrato inclui internet ilimitada e abrange tanto os vereadores quanto alguns servidores do Legislativo. A entrega dos aparelhos, que coincide com os modelos inicialmente licitados, tem gerado críticas sobre a legalidade e a moralidade da medida, especialmente diante da crise fiscal que a Prefeitura de Aparecida enfrenta. A Câmara sustenta que não houve irregularidade, uma vez que os celulares foram obtidos como parte do pacote de serviços prestados pela operadora. 


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