09/07/25
O governo federal publicou nesta quinta-feira (13) uma Medida Provisória (MP) que prevê um auxílio financeiro à Amazonas Energia, distribuidora de energia elétrica que enfrenta sérias dificuldades de caixa e inadimplência com termelétricas fornecedoras. A medida, no entanto, levanta polêmica, pois o socorro visa cobrir pagamentos devidos a termelétricas recentemente adquiridas pela Âmbar, braço de energia da J&F Investimentos, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, proprietários da JBS e com fortuna avaliada em US$ 3,8 bilhões cada.
Conforme noticiou o jornal O Estado de S.Paulo, os recursos para esse auxílio financeiro serão bancados diretamente pela conta de luz dos consumidores brasileiros. A proposta foi sugerida em 7 de junho pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD).
Assinado pelo presidente em exercício Geraldo Alckmin, já que o presidente Lula cumpre agenda na Europa, o texto da MP prevê que os consumidores paguem o socorro financeiro por um período de até 15 anos. Operadores do mercado de energia estimam que os custos podem variar de R$ 2 bilhões a R$ 2,7 bilhões por ano, com a possibilidade de ultrapassar R$ 30 bilhões ao final do prazo.
A medida gera críticas ao onerar os consumidores brasileiros para resolver problemas financeiros de uma distribuidora, cujos débitos agora beneficiam diretamente empresas ligadas a alguns dos maiores bilionários do país.