09/07/25
Durante a celebração dos 215 anos do bairro Campinas, o prefeito Sandro Mabel (UB) voltou a defender que Goiânia vive uma situação de calamidade financeira e anunciou a busca por uma renegociação na gestão das três maternidades da capital. Segundo ele, o custo de manutenção dessas unidades, atualmente em R$ 14 milhões/mês, está acima do limite de R$ 12 milhões.
Mabel criticou a gestão atual, afirmando que "acabou o tempo das vacas gordas que pagava R$ 20 milhões por uma coisa que valia R$ 12 milhões". Ele ressaltou que a Fundahc, organização social que administra as maternidades, já recebeu mais de R$ 103 milhões em 2025, valor que seria "mais do que suficiente se eles fizessem uma boa gestão".
Como resposta à paralisação parcial dos serviços, a Prefeitura de Goiânia lançará um processo emergencial para contratar uma nova OS que assuma a Maternidade Dona Iris. O objetivo é que, em 15 dias, a unidade funcione com uma nova empresa, e posteriormente um chamamento será feito para todas as maternidades.
Apesar das críticas, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a Fundahc seguem em negociação, com novo encontro marcado para esta quarta-feira (8). A Fundahc, por sua vez, alega que a dívida da Prefeitura com a entidade, considerando obrigações trabalhistas, fiscais e com fornecedores, é de mais de R$ 148 milhões, e que o valor pago pela gestão atual desconsidera planos de trabalho vigentes e em tramitação.
Em meio a esse cenário, Mabel também comentou o esforço para conceder a revisão salarial aos servidores da educação, mesmo com a folha apertada. Ele anunciou que o reajuste, válido a partir de setembro, será um "alívio para os funcionários" e que um bônus de férias será criado.