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Acervo musical de Marília Mendonça pode ser vendido por R$ 300 milhões

13/07/25

O acervo musical de Marília Mendonça, morta em novembro de 2021, pode ser vendido por cerca de R$ 300 milhões. A informação foi publicada pelo portal g1, que apurou que a negociação está em estágio avançado e inclui, além de composições já conhecidas, músicas inéditas deixadas pela cantora.

Segundo o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), Marília tem 349 composições registradas e 521 gravações em sua voz. Um levantamento realizado em 2021 indicava que ao menos 98 músicas compostas por ela ainda não haviam sido gravadas.

A venda do acervo colocaria a artista na lista de nomes que transferiram os direitos de seus catálogos a editoras, gravadoras ou fundos de investimento. Casos semelhantes envolvem artistas como David Bowie, Shakira, Rod Stewart, Bruce Springsteen, Justin Bieber, Bob Dylan e a banda Red Hot Chili Peppers.

O catálogo musical abrange tanto composições quanto gravações. A venda pode incluir a cessão integral ou parcial dos direitos autorais e fonográficos. Com isso, a empresa compradora assume o controle do catálogo, com possibilidade de explorá-lo comercialmente em plataformas digitais, campanhas publicitárias, trilhas sonoras e outras mídias.

O valor estimado considera o histórico de arrecadação do acervo e seu potencial de rentabilidade nos próximos anos. Estabilidade de receita e projeções de crescimento também influenciam na avaliação.

A motivação para esse tipo de venda costuma ser financeira. Herdeiros ou artistas preferem, em muitos casos, garantir um montante imediato e transferir a administração dos direitos a empresas com estrutura para expandir o uso comercial do conteúdo.

Do ponto de vista dos investidores, os catálogos musicais oferecem retorno de longo prazo. Os direitos autorais permanecem vigentes por até 70 anos após a morte do último coautor. Os direitos fonográficos seguem regra semelhante, com contagem a partir da data da gravação.

Embora dominado por grandes empresas, o mercado também abre espaço para pequenos investidores, por meio de plataformas que permitem participação fracionada em catálogos. O modelo atrai fãs e amplia o engajamento com a indústria fonográfica.

A venda do catálogo não interfere na rotina dos ouvintes. As músicas continuam disponíveis em plataformas de streaming, rádio e apresentações ao vivo, mesmo após a mudança de titularidade dos direitos.


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