15/07/25
Já se passaram cinco dias desde que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma tarifa de 50% sobre o aço brasileiro — uma medida que afeta diretamente a economia nacional — e até agora o senador Wilder Morais (PL) segue em silêncio.
A decisão, por si só grave, veio acompanhada de uma declaração ainda mais preocupante: Trump afirmou que a taxação tem como objetivo pressionar o Brasil a encerrar os processos judiciais contra Jair Bolsonaro.
Trata-se de uma tentativa explícita de interferência política, com impactos econômicos concretos, que coloca em xeque a soberania do país e a independência do Judiciário. Diante disso, causa estranheza o silêncio de Wilder Morais, figura próxima do ex-presidente Bolsonaro e que tenta construir sua imagem pública como defensor do setor produtivo goiano.
Enquanto o agronegócio, a indústria e os trabalhadores brasileiros enfrentam mais um golpe em meio a um cenário econômico já frágil, Wilder evita qualquer manifestação. Sua ausência no debate, num momento em que o Brasil sofre uma chantagem internacional escancarada, é ruidosa. O silêncio, nesse caso, não é prudência — é conivência.