17/07/25
O analista político Gustavo Gayer afirmou, em postagem na quinta-feira (17), que a pesquisa Genial/Quaest divulgada recentemente teria “objetivo de atingir, por meio de tráfico pago, a popularidade de Tarcísio no Sudeste”. “Na cabeça do PT, em um cenário sem Bolsonaro, o candidato natural é o Tarcísio. O objetivo é atingir, por meio de tráfico pago, a popularidade de Tarcísio no Sudeste”, disse ele, referindo-se às avaliações que apontam uma disputa acirrada entre Lula e o governador de São Paulo em um eventual segundo turno em 2026.
A pesquisa mostra Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 41 % contra 37 % de Tarcísio de Freitas (Republicanos), com margem de erro de dois pontos percentuais. Foram entrevistadas 2.004 pessoas entre 10 e 14 de julho, por amostragem pessoal, com nível de confiança de 95 %. A leitura técnica indica um empate técnico no Sudeste, cenário em que Tarcísio é considerado o principal concorrente de Lula.
Contudo, as alegações de Gayer sobre “tráfico pago” e favorecimento do PT carecem de qualquer evidência concreta. Conduzida por instituto reconhecido, com metodologia padrão — estratificação por gênero, idade, renda, região e margem de erro devidamente declarada —, a pesquisa não apresenta indícios de manipulação ou viés direcionado. Institutos sérios seguem protocolos rigorosos para garantir a representatividade estatística.
Especialistas ouvidos por veículos de mídia ressaltam que oscilações dentro da margem de erro são naturais e esperadas. Portanto, a proximidade dos resultados (41 % vs. 37 %) não configura favorecimento artificioso, mas sim um retrato do momento político real. A diferença de quatro pontos, bem dentro do intervalo de dois pontos para mais ou para menos, torna o
Ao chamar acusar o PT de orquestrar um ataque midiático, Gayer ignora a natureza técnica da pesquisa — ferramenta essencial para entender tendências, medir forças e balizar estratégias políticas. Desconsiderar seus protocolos revela mais desconfiança política do que qualquer fragilidade metodológica real.