23/07/25
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) passou a ocupar, desde março de 2024, um imóvel funcional da Câmara dos Deputados em Brasília. A residência é custeada com recursos públicos e integra os benefícios oferecidos aos parlamentares que não possuem moradia na capital federal.
Além do uso do imóvel funcional, Gayer mantém uma equipe com 19 assessores nomeados em seu gabinete, com salários variando entre cargos comissionados e funções técnicas. O parlamentar também recebe mensalmente um salário bruto de R$ 46,3 mil, conforme previsto para os membros da Câmara.
O uso de imóveis funcionais é regulamentado pelo Legislativo e não configura irregularidade, mas volta aos holofotes diante do contexto que envolve Gayer. O deputado foi alvo, em outubro de 2024, da Operação Discalculia, da Polícia Federal, que investiga supostos desvios de recursos da cota parlamentar — incluindo o uso de verbas públicas para pagar serviços em empresas privadas ligadas ao seu entorno.
Na ocasião, o imóvel funcional utilizado por Gayer foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão autorizado pelo Supremo Tribunal Federal. O deputado, por sua vez, alegou perseguição política e negou qualquer ilegalidade no uso dos recursos.