24/07/25
O prefeito de Goiânia Sandro Mabel (União Brasil) decidiu substituir a atual gestão das três maternidades municipais por novas organizações sociais (OSs), com o objetivo de melhorar o atendimento e ampliar a oferta de serviços à população. A transição será feita de forma escalonada nos próximos três meses. Cada unidade será administrada por uma OS distinta, já escolhida pela Prefeitura — embora os nomes ainda não tenham sido divulgados oficialmente. A expectativa é de que os contratos emergenciais sejam firmados em até 20 dias.
A medida ocorre em meio à crise com a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), atual gestora das unidades. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já prepara a documentação para viabilizar os contratos emergenciais, com validade de até um ano e valor mensal estimado em R$ 12,3 milhões — montante que já havia sido estipulado para um novo convênio com a própria Fundahc, mas que não avançou.
No início do ano, o Conselho Municipal de Saúde (CMS) aprovou a redução do contrato com a Fundahc, mas reprovou os novos planos de trabalho apresentados para a continuidade do serviço, o que agravou o impasse. Diante da instabilidade, a Prefeitura decidiu buscar novas parceiras para a gestão hospitalar.
Durante entrevista coletiva, Mabel confirmou que a decisão vai além do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), anunciando que todas as maternidades municipais passarão por mudanças. “Agora, a Secretaria de Saúde está tratando da transição com quem vai entrar e quem vai sair”, afirmou.
O prefeito ressaltou que o objetivo da reformulação é ampliar o atendimento, especialmente no Hospital Municipal e Maternidade Célia Câmara (HMMCC), que poderá contar com mais especialidades médicas — desde que haja ampliação do Teto MAC (Média e Alta Complexidade), que será negociada junto ao Ministério da Saúde. “Se eu conseguir essa ampliação, vamos conseguir atender ainda mais”, destacou.
Embora os contratos com a Fundahc sigam formalmente em vigor — com vigência até 2029 no caso do HMDI e da Célia Câmara, e até outubro de 2024 no caso da Nascer Cidadão —, a Prefeitura aposta na formalização de acordos emergenciais com as novas OSs para acelerar a transição.
Ao todo, 25 organizações sociais participaram do chamamento público da Prefeitura, incluindo instituições que já operam unidades da rede estadual. A lista oficial das entidades qualificadas, contudo, ainda não foi divulgada, já que a SMS segue analisando a documentação.
