27/07/25
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), pré-candidato à Presidência, fez duras críticas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que o presidente "não quer resolver o problema do tarifaço". A declaração foi feita durante um painel sobre eleições neste sábado (26/7), onde Caiado defendeu que a direita deve apresentar diversas candidaturas no primeiro turno de 2026 para se unir no segundo, como melhor estratégia para derrotar o atual governo.
Caiado explicou que lançar um único candidato no primeiro turno daria ao PT a chance de usar a máquina pública para "destruir" essa figura. "Eles concentram o ataque em um só. Mas, quando somos três candidatos, por exemplo, não dá para atingir todos ao mesmo tempo. E, no final, um de nós vai chegar ao segundo turno — e todos os outros estarão juntos", argumentou o governador.
Confiante, Caiado pediu aos presentes: "Acreditem em nós. Nós sabemos fazer política. E, mais do que isso, sabemos governar. Governamos nossos estados com diálogo e responsabilidade". Ele reconheceu a importância da liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros nomes cotados, mas ressaltou que "cada um tem sua área de influência". Os governadores Ratinho Júnior (PSD), do Paraná, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, também participaram do evento.
Para o governador goiano, a direita compartilha a percepção de que a gestão Lula falhou em enfrentar os problemas de segurança pública, saúde e educação nos últimos três anos, focando, segundo ele, em "fofoca e politicagem". Em relação ao "tarifaço", os governadores presentes concordaram sobre a ineficiência das negociações diplomáticas brasileiras com os Estados Unidos.
Crítica ao Presidencialismo Atual
Caiado também levantou a bandeira de um "verdadeiro presidencialismo", lamentando o que vê como uma "deformação" do sistema atual. Ele criticou o foco dos parlamentares na distribuição de verbas de emendas impositivas em detrimento da discussão de temas relevantes para a sociedade. "A preocupação hoje é saber quanto cada um tem de emenda impositiva", disse, argumentando que essa dinâmica afeta negativamente até mesmo prefeitos que já lutam para manter a folha de pagamento.