28/07/25
O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) voltou a agir contra o desenvolvimento de Goiás. Agora, utiliza um velho aliado político, nomeado por articulação no governo Lula, para travar uma obra importante em Pirenópolis. Gilvane Felipe, ex-secretário de Cultura de Perillo e coordenador de sua campanha, foi nomeado em junho como superintendente do Iphan em Goiás. Pouco tempo depois, barrou a construção do novo Cavalhódromo da cidade, alegando uma portaria ultrapassada de 1995.
A nova estrutura, planejada para ser uma arena multiuso moderna, já teve projeto concluído pela Secretaria de Infraestrutura e pela Secult, e substituiria o antigo espaço do Cavalhódromo, já demolido. No entanto, o Iphan, sob comando do aliado de Marconi, se recusa a liberar a obra com base em critérios defasados. Sem o aval do órgão federal, a prefeitura não pode emitir o alvará, impedindo a licitação e o início das obras. A revisão da norma só está prevista para 2026, o que pode travar o projeto por anos.
Essa não é a primeira vez que Perillo tenta sabotar projetos públicos relevantes. Em 2023, ele acionou o TCE para tentar barrar o convênio entre o Governo de Goiás e a Fundação Pio XII, responsável pelo hospital do câncer CORA. Antes disso, em 2022, tentou impedir o repasse de R$ 14 milhões para equipar o hospital de sua própria cidade natal, Palmeiras de Goiás, sob o argumento de supostas irregularidades. O então prefeito, ex-aliado do tucano, classificou o ato como “puro ciúme eleitoral”.
Nos bastidores, a atuação de Perillo tem sido lida como manobra de vingança e tentativa desesperada de manter relevância política após duas derrotas seguidas para o Senado. O ex-governador, que preside um PSDB em frangalhos, perdeu força e aliados — figuras como Eduardo Leite, Raquel Lyra e Izalci Lucas deixaram a sigla sob críticas à sua liderança centralizadora. Em 2024, o partido perdeu todos os seus vereadores na Câmara de São Paulo.
Enquanto isso, a atual gestão estadual avança com entregas que contrastam com o histórico de paralisia deixado por Marconi. Desde 2019, o Governo de Goiás retomou e concluiu obras abandonadas, como os hospitais de Uruaçu e Águas Lindas, e inaugurou seis policlínicas regionais. Em vez de contribuir, Perillo aposta no “quanto pior, melhor”, mesmo que isso custe o progresso e o bem-estar da população goiana.