01/08/25
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) é alvo de uma série de investigações e acusações que vão de homicídio culposo a crimes contra a honra, passando por suspeitas de racismo, disseminação de fake news e desvio de recursos públicos. Com histórico controverso tanto na vida pública quanto pessoal, o parlamentar bolsonarista acumula passagens pela Justiça e inquéritos em andamento.
Entre os casos mais graves está um acidente de trânsito ocorrido no ano 2000, quando Gayer teria dirigido embriagado e provocado a morte de três pessoas. O processo foi enquadrado como homicídio culposo (sem intenção de matar), mas acabou prescrito com o passar dos anos.
Outro episódio similar ocorreu em 2015, também envolvendo suspeita de direção sob efeito de álcool. Apesar da gravidade, o caso não resultou em condenação judicial.
Mais recentemente, Gayer passou a ser investigado por racismo, após declarações ofensivas contra povos africanos e autoridades estrangeiras em vídeos publicados nas redes sociais. A Procuradoria-Geral da República apresentou denúncia, e o caso tramita atualmente no Supremo Tribunal Federal (STF).
Também no STF correm ações por calúnia e difamação contra figuras públicas, como a deputada Gleisi Hoffmann (PT) e o senador Davi Alcolumbre (União Brasil), entre outros. O deputado é acusado de ultrapassar os limites da crítica política e usar as redes sociais para ataques pessoais.
Em 2024, Gayer se tornou alvo da Operação Discalculia, da Polícia Federal, que investiga o desvio de verbas de gabinete e a suposta prática de peculato e falsidade ideológica. O inquérito apura se o deputado usou recursos públicos de forma fraudulenta, com contratos e serviços fictícios.
Além disso, Gayer figura em investigações relacionadas à propagação de desinformação sobre a pandemia de Covid-19 e sobre o processo eleitoral brasileiro, o que pode configurar crimes contra o Estado democrático de direito. Apesar das apurações, ele ainda não foi condenado nessas frentes.
