03/08/25
Passados quase 11 anos desde que chegou ao Senado Federal, o que o senador Wilder Morais (PL-GO) efetivamente entregou para Goiás? A pergunta ecoa tanto em círculos políticos quanto entre eleitores, que pouco conseguem associar o nome do parlamentar a projetos relevantes ou ações de impacto direto no estado.
Wilder assumiu a cadeira no Senado pela primeira vez em julho de 2012, como suplente do então senador cassado Demóstenes Torres. Permaneceu no cargo até 2018, quando tentou, sem sucesso, a reeleição. Em 2022, retornou à Casa Alta ao se eleger novamente, desta vez como um dos principais nomes da ala bolsonarista em Goiás.
Durante esse intervalo de mais de uma década, Wilder não é lembrado por relatorias de projetos estratégicos, grandes articulações em prol do estado ou presença ativa em debates nacionais de relevância para os goianos. Sua atuação no Senado é vista, por muitos, como apagada e distante das pautas regionais.
Enquanto isso, o senador se notabilizou mais por sua vida pessoal e ostentação nas redes sociais do que por iniciativas políticas. Imagens de viagens internacionais, aviões particulares, fazendas, embarcações e artigos de luxo são mais frequentes em seus perfis do que qualquer prestação de contas parlamentar.
A ausência de uma marca clara de sua atuação no Congresso tem levantado dúvidas sobre o real impacto de sua presença no Senado. Em um momento em que a política exige transparência, resultados e compromisso com os estados representados, a trajetória de Wilder Morais segue envolta em questionamentos. Afinal, o que ele fez por Goiás em 11 anos de mandato? A resposta, até agora, parece não ter convencido nem seus eleitores mais fiéis.
